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Síndrome do Impostor: quando suas conquistas não parecem ser suas

O que é a Síndrome do Impostor?

Um ciclo constante de medo, vergonha e embaraço. Algo que paralisa e faz você duvidar de si o tempo todo.
É aquela sensação de que sua conquista foi um engano. Que aconteceu por sorte. Ou pior: de que você não merece.

Acreditar que não é bom o suficiente, que está enganando todo mundo — inclusive a si mesmo. Como se, a qualquer momento, alguém fosse perceber que você é uma fraude. Que não tem os recursos, a postura, a inteligência ou a capacidade que acreditam que você tem.

Quando a insegurança vira um disfarce

A Síndrome do Impostor tem muito a ver com uma crença de “eu frágil”. Um “eu” que acredita não conseguir se sustentar como é. Então, o disfarce entra em cena. E esse disfarce, às vezes, aparece em forma de consumismo: roupas, joias, carros, objetos de valor que tentam gritar “eu sou capaz”.

Mas, lá dentro, ainda existe a dúvida. E sem esses símbolos, parece que nada se sustenta.
Enquanto buscamos essa validação externa, a sensação de “não ser suficiente” continua.
Porque nenhuma validação que vem de fora consegue preencher um vazio que é interno.

O impostor que vive em nós

Tentamos preencher esse espaço com conquistas, títulos, aprovação. Queremos acreditar que conseguimos, que “somos alguém na vida”.
Mas o impostor continua dizendo:

“Você não é.”
“Você não merece.”
“Vão descobrir.”

E, nesse movimento, perdemos o contato com quem somos. Nos desconectamos da realidade. Vivemos presos à culpa do passado e à ansiedade do futuro.

É aí que o impostor nos sabota. Distorcemos a realidade, a forma como nos vemos, nossas capacidades. Criamos uma imagem negativa de nós mesmos e tememos que o outro nos enxergue da mesma forma.

Como lidar com a Síndrome do Impostor?

  1. Reconhecer.
    O primeiro passo é admitir: existe um problema. Entender que você não precisa viver se sentindo um impostor.
  2. Se informar.
    Buscar compreender o porquê de se sentir assim. Quais são as ideias por trás desse sentimento? O que está alimentando esse impostor?
  3. Falar sobre isso.
    Compartilhar o que sente. Avaliar os pensamentos, os comportamentos, as evidências. Questionar se isso tudo faz mesmo sentido.
    Só assim você pode parar de se sabotar por algo que não é real.

Uma dica? Terapia ajuda.

Terapia é um espaço seguro para entender sua história, suas crenças e reconstruir sua percepção de si.
Ela não apaga o impostor, mas te ajuda a enxergar quem é você — sem disfarces.

Você não precisa viver com essa sensação constante de fraude.

Referência

BRITES, Rafa. Síndrome da impostora: por que nunca nos achamos boas o suficiente? São Paulo: Academia, 2020.​

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